domingo, 21 de setembro de 2014

Os eternos “bodes-expiatórios”

ADL reporta surto de mensagens anti-semitas nos sites de finanças on-line, em resposta à crise financeira.

Uma coincidência histórica

Nova York, NY, 2 de outubro de 2008 … Na sequência ao colapso dos grandes bancos de investimento e às propostas do governo de socorro às instituições financeiras, a Liga Anti-Difamação (ADL) está relatando um aumento dramático no número de declarações anti-semitas sendo postadas em fóruns de Internet dedicados a finanças e economia.
É correto o uso do termo “anti-semitismo” como equivalente para “anti-judaísmo”? São semitas unicamente os judeus? Mais ainda, seria correto confundir “anti-sionismo” com “anti-judaísmo”? A quem beneficia essa aparente “confusão” terminológica? – NR.

Centenas de postagens anti-semitas em relação ao Lehman Brothers e de outras instituições afetadas pela crise das hipotecas “subprime” foram submetidos aos fóruns de discussões sobre finanças, com muitas mais chegando a cada minuto. As mensagens apontam contra os judeus em geral, com algumas denunciando que os judeus controlam o governo e as finanças, como parte de uma “Ordem Mundial Judaica” e, portanto, são as responsáveis pela turbulência econômica.

Ofensivas anti-judaicas também vieram à tona sobre uma grande variedade de blogs e sites conspiratórios, de acordo com a ADL, que monitora o anti-semitismo na Internet através de seu “Centro de Extremismo”. E mensagens semelhantes têm também aparecido em sites e fóruns “neo-nazis” e de supremacistas brancos na Web, os quais muitas vezes procuram explorar temas atuais em um esforço para disseminar o anti-semitismo a potenciais recrutas.
Percebemos novamente a confusão: no mesmo parágrafo o emprego dos termos supracitados, de forma que aparentem ser sinônimos – NR.

“Sabemos que, na história moderna, a partir de quando há uma desaceleração na economia global, haverá um crescimento no nível de anti-semitismo e de intolerância, e é isso que nós estamos vendo agora”, disse Abraham H. Foxman, Diretor Nacional da ADL. “As notícias falsas antiqüíssimas sobre os judeus e dinheiro estão sempre logo abaixo da superfície. Conforme assistimos após o 9/11, quando há problemas ou incertezas na economia ou nos eventos mundiais, os judeus se tornam os bodes expiatórios, e detestáveis falsas notícias anti-semitas afloram com nova vida.”
Interessante constatação: sempre os mesmos “bodes expiatórios”… Por que não se convoca um fórum mundial para debater a Questão Judaica? Não seria uma forma pacífica de resolver de uma vez por todas a doença do anti-semitismo ? – NR.

Exemplos de algumas das mais virulentas postagens anti-semitas contra as “Altas Finanças” incluem:

“(Os judeus têm) se infiltrado em Wall Street e no Governo e têm arruinado o nosso país”.

“O que é um judeu GS? Goldman Sachs? Judeus são avarentos, podres, nojentos.”

Eles (os judeus) adoram dinheiro mais do que tudo, nenhuma fé ou religião pode ser tão cruel para as suas vítimas.”

“É assim que eles trabalham, eles manipulam as ações todo o tempo ganhando bilhões e depois se protegem, restando ao contribuinte acertar o resgate e é verdade que todas estas instituições são controladas pelos judeus…”

Enquanto os moderadores dos mais populares fóruns de finanças, incluindo aqueles hospedados pelo Yahoo! Finanças, forem rápidos para remover os comentários ofensivos, a taxa com que as novas postagens estão chegando os impedem de remover todo o material censurável antes que seja amplamente lido. Em muitos casos, vários outros membros do grupo têm reagido imediatamente contra os comentários anti-semitas, desacreditando as mensagens como intolerantes, inadequadas e categoricamente falsas. Nas últimas semanas, desde que a crise começou a se desenrolar, muitos internautas têm relatado suas preocupações diretamente à ADL.
Outra curiosa constatação acerca do detestável “anti-semitismo”: uma vez espalhadas as acusações, estas ganham uma enorme popularidade – NR.

“A boa notícia é que os provedores de Internet e os moderadores dos fóruns de mensagens e até mesmo usuários individuais são rápidos em reagir quando o anti-semitismo entra na discussão”, disse o Sr. Foxman. “Os provedores são responsáveis, e na maioria dos casos, as mensagens ofensivas são rapidamente removidas. Mas, em muitos casos – especialmente em discussões on-line que ocorrem em tempo real e são acompanhadas de perto por grandes grupos de utilizadores – o dano já está feito.”
Fica a sugestão para que, ao invés de removerem as postagens, confrontem seu conteúdo… – NR.

Semelhantes sentimentos anti-semitas sobre a economia estão aparecendo com muita frequência em sites supremacistas brancos na Web, como o Stormfront, o maior fórum de internet para supremacistas brancos e neo-nazis. Postagens e discussões no Stormfront tem incluído referências ao controle judaico do setor bancário e sugestões de que os judeus detêm poder total sobre o governo e o setor de serviços financeiros.

Escreveu um usuário no Stormfront, sobre colapso do Lehman Brothers: “Sem dúvida muitos da diretoria, que normalmente é composta dos principais acionistas que exercem o poder, ainda são majoritariamente judeus… eu imaginaria a probabilidade do FED etc, em salvar a empresa segundo o grau de influência judaica que a controla.”

A Liga Anti-Difamação, fundada em 1913, é a organização mundial líder na luta contra a anti-semitismo através de programas e serviços que neutralizam o ódio, o preconceito e a intolerância.
“Neutralizam”? Mas como? – NR


http://www.adl.org/PresRele/Internet_75/5366_75.htm

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