sábado, 20 de setembro de 2014

Lebensborn – Fonte da vida

“Born” é uma antiga palavra alemã que significa “Quelle” (Fonte); assim, “Lebensborn” significa “Quelle des Lebens” – Fonte da vida. Esta foi a designação para uma organização fundada em 1936 e que permitia às mães solteiras trazer seus filhos ao mundo em creches supervisionadas.

Um pequeno experimento
Atualmente, uma das melhores referências sobre o Holocausto judeu é o livro do químico alemão Germar Rudolf, Vorlesung über den Holocaust. Este livro está disponível a todos pela Internet e o que poucos sabem, é que ele deveria ter sido escrito em conjunto com o suíço Jürgen Graf. Devido a contratempos de ambas as partes, este trabalho não foi realizado. Mas caso assim o fosse, a obra deveria ter sido um misto entre a existente e este novo livro de Jürgen Graf, Die neue Weltordnung und der Holocaust (A Nova ordem mundial e o Holocausto).

Este livro também foi escrito simulando o ambiente de uma classe escolar, onde os alunos são confrontados pelo Prof. Bruckner com os mitos provenientes da propaganda de guerra aliada e da poderosa, mas decadente, Indústria do Holocausto.

Selecionamos um extrato do Capítulo I, Fakten, die zum Nachdenken anregen (Fatos que estimulam a reflexão):

Bruckner: Minhas senhoras e senhores, eu gostaria de cumprimentá-los carinhosamente nesta primeira aula. Como anunciado, nós trataremos nos próximos dias de um tema especial da recente história alemã e européia. Para lhes proporcionar uma noção deste delicado tema que apresentaremos a seguir, eu gostaria de iniciar minhas explanações com um pequeno experimento.

Permitam-me perguntar, quem de vocês sabe lidar bem com o computador e domina bem o inglês? … Sim, a dama de vestido azul? Posso saber como você se chama?

E. (Estudante): Valentina.

Bruckner: Muito bem, Valentina, vá por favor na sala ao lado, onde há um computador, conecte-o à Internet, procure através do mecanismo de busca google.com os primeiros dois resultados da procura pela palavra-chave “Lebensborn” e imprima os dois artigos. Muito obrigado…


Enquanto a colega de vocês imprime o texto, eu gostaria de explicar rapidamente aos demais sobre o que se trata.

“Born” é uma antiga palavra alemã que significa “Quelle” (Fonte); assim, “Lebensborn” significa “Quelle des Lebens” – Fonte da vida. Esta foi a designação para uma organização fundada em 1936 sob a tutela do Reichsführer-SS Heinrich Himmler, que oferecia oportunidade às mães solteiras de trazer seus filhos ao mundo em creches, as quais se ocupavam com a mãe e criança, após o nascimento desta.


Órfãos recebiam proteção e uma nova família

As mães eram encorajadas a casar com os pais de suas crianças, porém, adoções também foram intermediadas. A organização foi financiada pela SS, a qual estipulou certas condições para a aceitação das mães: ambos os pais deveriam ser saudáveis, de descendência ariana e não podiam ter antecedentes criminais.


Cuidados especiais com as crianças: objetivos da Lebensborn

Ainda durante a época da guerra, a propaganda aliada começou a espalhar noticiários específicos sobre a Lebensborn: estas creches, assim dizem, tratava-se de “Bordéis da SS”, “Fábricas de bebês de Himmler” e “Central de vítimas para germanização de crianças raptadas nos
territórios ocupados”.

A 20 de outubro de 1947, iniciou em Nurenberg um dos chamados “Processos do pós-guerra” contra organizações nacional-socialistas, que foram levadas a cabo pelos norte-americanos, ou seja, sem participação dos soviéticos, britânicos e franceses. Um destes processos – “Fall VIII, Rasse- und Siedlungshauptamt der SS” (Caso VIII – Administração principal para raça e colonização interna) ocupou-se também com a Lebensborn.

Acusação n° 1 abordou os Crimes contra Humanidade, iniciando com o seqüestro de crianças estrangeiras e rapto de recém-nascidos das trabalhadoras dos leste com objetivo de extermínio ou germanização.

Acusação n° 2 imputava aos acusados o saque à propriedade privada e pública na Alemanha e nos territórios ocupados.

Acusação n° 3 atribuía a eles a participação em uma organização criminosa.

A 10 de março de 1948, após cinco meses de intensiva investigação, interrogatório de testemunhas assim como verificação de arquivos, o Tribunal Militar norte-americano em Nurenberg, chegou à seguinte conclusão contra os responsáveis pela organização Lebensborn e.V.:

O diretor da Lebensborn e.V., SS-Standartenführer Max Sollmann, assim como seus principais funcionários foram absolvidos das acusações 1 e 2 e somente condenados na acusação de número 3, por pertencerem à SS, uma organização considerada criminosa pelo IMT. A acusada Inge Viermetz (vice-diretora da seção A) foi absolvida de todas as acusações.

Sobre a acusação de que a Lebensborn tenha raptado crianças estrangeiras e levado-as para a Alemanha, o Tribunal Militar norte-americano declarou:

“A maioria das crianças, que de alguma forma entraram em contato com a Lebensborn, eram órfãs alemãs. Fica claro através das provas, que a Lebensborn procurava evitar trazer crianças (estrangeiras) em suas dependências que ainda tinham parentes. A Lebensborn ia ainda mais longe, lá, onde as documentações eram insuficientes, e aprofundava as investigações para determinar a identidade das crianças e descobrir se elas ainda tinham parentes.

Quando se descobria que um dos pais ainda vivia, então a Lebensborn não procedia com a adoção como nos casos de órfãos, mas sim permitia que a criança fosse acolhida por uma família alemã, após que esta família alemã fosse submetida a uma verificação, objetivando determinar a reputação da família assim como a capacidade para alimentar e educar a criança.”[1]

O Tribunal Militar norte-americano, cuja tarefa constituía em acusar gravemente onde possível as organizações SS, determinou claramente que a Lebensborn era uma organização de caridade e nada mais. Estavam, então, extintos os rumores sobre “Bordéis da SS”, “Local para procriação de descendentes arianos” e “Roubo de crianças estrangeiras”? De forma alguma. Meio século depois do final da guerra, o diretor judeu Arthur Brauner dirigiu um filme com o título Lebensborn e.V., o qual, segundo Brauner, “esclarece de forma inconseqüente um dos capítulos mais escuros do Reich de mil anos”.


Propaganda difamatória dos deturpadores da paz mundial

Nesta película se vê como um SS-Obersturmbannführer se comporta frente a um grupo de formosas garotas semi-nuas da BDM (Liga das garotas alemãs).

“Camaradas, vocês são verdadeiras nacional-socialistas? Do fundo do coração?”, ele pergunta.

“Sim”, jubilam as garotas.

“Eu agradeço, camaradas. Se vocês se inscreverem agora na lista, então vocês estarão convocadas a presentear o Führer com uma criança.”

Ansiosas, as garotas vão à mesa para se inscrever na lista de reprodução. O autor Erich Kern comenta sobre isso:

“Este filme mentiroso rodou praticamente o mundo todo. Através dele, os americanos, suecos, franceses, ingleses, dinamarqueses, holandeses, italianos assim como indianos, árabes, negros – em resumo todos os povos, aprenderam a conhecer a essência alemã e sobre tudo a mulher alemã.”[2]

Bem, entrementes, Valentina retornou com os resultados da pesquisa na Internet. Posso perguntar o que você encontrou com a ajuda do google.com?

E.: O primeiro texto provem da “Jewish Virtual Library”.

Eu traduzi do inglês:

“O projeto Lebensborn era um terrível projeto nazista [...] Objetivo da sociedade era oferecer a garotas ‘racialmente puras’ a possibilidade de parir secretamente uma criança. A criança foi fornecida então a um organismo SS, o qual se ocupava de sua educação e adoção. [...] A partir de 1939, um dos aspectos mais terríveis da Lebensborn era o seqüestro de crianças ‘racialmente dotadas’ dos territórios do leste. [...] Foi feito de tudo para que estas crianças rejeitassem e esquecessem seus pais. [...] Crianças que se comportavam de foram repulsiva perante a ideologia nazista eram espancadas freqüentemente. A maioria delas foram finalmente deportadas e assassinadas nos Campos de Concentração (principalmente em Kalish, na Polônia).” [3]

Bruckner: Muito obrigado. E agora leia para nós, por favor, o seguinte extrato do segundo texto, que foi retirado do Website shoa.de!

E.: “Himmler [...] ordenou seus soldados a trazer todas crianças com aparência ‘ariana’ nos países ocupados como Polônia, França e Iugoslávia para germanização. Eles raptaram crianças louras e de olhos azuis simplesmente das ruas ou de seus pais sob falsas promessas.”

Bruckner: Muito obrigado, Valentina. Minhas senhoras, meus senhores, quem pode responder o que eu quis almejar com esse pequeno experimento?

E.: Você quis demonstrar com esse exemplo como lendas históricas se mantêm firmemente.

Bruckner: Exato. Cinqüenta e sete anos após o Tribunal Militar norte-americano ter absolvido a Lebensborn de todas as acusações, grosseiras e mentirosas propagandas do tempo da guerra são divulgadas vivamente. Embora vocês não encontrem mais um único ou também parcialmente sério historiador que defenda estas mentiras, na mídia e infelizmente também nas escolas estas lendas ainda são divulgadas.
A mídia brasileira parece também estar contaminada com o estilo superficial e tendencioso quando o assunto é “nazismo”. Neste artigo temos a melhor prova disso – NR.

“Heinicker foi tirado dos pais na Ucrânia em 1942, aos dois anos, e levado para a Alemanha, onde acabou entregue a uma família rica”.
[1] Sobre o processo contra a Lebensborn, veja Heinrich Wendig, Richtigstellungen zur Zeitgeschichte, Heft 1, Grabert Verlag, Tübingen 1990.

[2] Erich Kern, Meineid gegen Deutschland, Verlag K.W. Schütz, Göttingen 1968, pag. 54.

[3] http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Holocaust/Lebensborn.html


Artigo publicado originalmente em nosso Portal a 02/09/2008.

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